quinta-feira, 5 de junho de 2008

USO DE MEDICAMENTOS PELO IDOSO

Perfil da população idosa

Embora não haja
uma definição precisa de
“idoso” e se reconheça
que pode haver grandes
diferenças entre “idade
cronológica” e “idade
biológica”, o termo
designa, nos países em
desenvolvimento, os
indivíduos com 60 anos
ou mais. Nos últimos 50
anos, vários fatores
médicos, tais como o
melhor controle das
epidemias, das doenças
crônico-degenerativas,
e fatores socioeconômicos, contribuíram para um
significativo aumento da idade média populacional e
da longevidade. Segundo dados do IBGE, entre 1996 e
2000 ocorreu um crescimento de 14,5% entre as
pessoas com mais de 60 anos. Hoje não é raro ver
pessoas com mais de 90 anos.
Na cidade de São Paulo, a porcentagem média
de idosos com 60 anos ou mais é de 9% dos habitantes.
No Jardim Paulista, atinge 21%. Seguem-se Lapa,
Moóca e Consolação, com 20%, Pinheiros 19%, Santo
Amaro e Itaim têm 18%, Perdizes e Santa Cecília, 17%.
Na região central, a média se aproxima do índice da
Capital: a Sé tem 10%.
Quanto mais distante do Centro, mais a vida
fica difícil para a população idosa - há menos infraestrutura
de saúde e saneamento. Bairros como Perus
e Capão Redondo têm 5% de idosos, Parelheiros e
Grajaú 4%. A menor porcentagem de idosos da cidade
está nos bairros de Cidade Tiradentes e Anhanguera:
3%.
Há mais mulheres do que homens entre a
população idosa (na cidade de São Paulo, 59,05% são
mulheres). É grande o número de idosos que vivem
sozinhos (cerca de 20% em nosso município), devido
à separação ou morte do conjugue, ou/e a saída dos
filhos. A solidão nestes casos pode resultar em
depressão.

Os idosos e o sistema de saúde

Os idosos dependem mais dos serviços de
saúde. A prevalência de doenças agudas ou crônicas
entre eles é maior do que em outras faixas etárias.
Cerca de 80% têm, ao menos uma doença crônica e
requerem cuidados médicos e terapêuticos mais
freqüentes, utilizando os serviços de saúde em maior
escala que as faixas mais jovens. Passam mais vezes
em consultas médicas quando comparados aos jovens
(nos EUA, 10 consultas/ano, entre pessoas de 65 a 74
anos) e representam boa parte das internações.
Mesmo com o número de idosos aumentando, os
recursos financeiros destinados à saúde são limitados
e não acompanham tal crescimento. Devido a isto,
considerações sobre custo-benefício irão tornar-se
cada vez mais importantes.

Medicamentos e a população idosa

Aproximadamente, 14% dos custos totais com
saúde estão relacionados a medicamentos. Mais de
um quarto dos medicamentos é prescrito para idosos,
que representam menos de 12% da população.
Consomem, proporcionalmente, cerca de três vezes
mais medicamentos que os indivíduos mais jovens,
pois um grande número deles sofre de vários problemas
de saúde ao mesmo tempo. Ao contrário dos jovens,
estes medicamentos são, em sua maioria, de uso
crônico. O uso simultâneo de múltiplos fármacos
(polifarmácia) é a regra, ao invés de exceção, o que
predispõe à ocorrência de interações
medicamentosas. Como as doenças cardiovasculares
constituem a principal causa de morbidade e
mortalidade na população idosa e como os distúrbios
mentais são freqüentes, fármacos cardiovasculares
(55%) e psiquiátricos (11%) são os mais comumente
prescritos para esta população. Alterações fisiológicas,
reações atípicas a fármacos, prescrições inadequadas
e não observância adequada dos esquemas
terapêuticos podem contribuir para a maior
toxicidade medicamentosa no idoso.
Aproximadamente 19% das admissões hospitalares
entre pacientes idosos devem-se a reações adversas
a fármacos.

http://ww2.prefeitura.sp.gov.br//arquivos/secretarias/saude/ass_farmaceutica/0004/cim-informa0101.pdf

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